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A formação do médium

Disciplina, equilíbrio emocional, constância, autoconhecimento, consciência e responsabilidade são itens fundamentais na formação de um médium. Pensar em desenvolver a mediunidade sem o pleno conhecimento e consequente adoção destes princípios é como esperar que uma árvore frutífera venha a dar bons frutos sem que, para isso, seja devidamente cuidada a partir do plantio de sua semente.


A segurança no exercício da mediunidade e a conduta ética do médium estão diretamente relacionadas à educação que lhe é fornecida. A partir daí, começa a se processar no medianeiro a reforma íntima, outra condição fundamental para o desenvolvimento adequado e natural da mediunidade.


Constância

A educação do médium começa por sua conscientização sobre a faculdade de que é portador e como deve se auto-disciplinar e se reformular espiritualmente para exercê-la. Para isso, um curso específico em uma casa espírita, assistência às palestras sobre a Doutrina e sobre mediunidade, bem como a leitura das obras básicas do Kardecismo e de outras correlatas são os caminhos a serem percorridos por aqueles que desejam servir ao Alto e ao próximo mediante a sua mediunidade.


Mas deve ser lembrado de que nenhum desses caminhos terá alguma utilidade se forem percorridos de forma banal, sem a devida reflexão sobre o que neles é fornecido como visão e sem a determinação de que, através destes recursos, seja promovida uma verdadeira revolução no comportamento vibracional do médium em formação.


Consciência e responsabilidade

Um dos princípios fundamentais para o conhecimento do médium é o de que a sua educação, ou o seu desenvolvimento, é trabalho para toda a vida, a atual e a que segue após sua trajetória terrena. Aliás, deve ele saber que a faculdade já começou a existir até mesmo antes da presente existência neste plano, quando na sua programação reencarnatória o compromisso foi assumido e o seu invólucro corpóreo foi devidamente preparado para a captação das manifestações. Portanto, cabe ao médium, respeitando sempre o seu livre arbítrio, entender a sua responsabilidade e se preparar da melhor maneira possível para a tarefa que aceitou como forma de resgatar faltas passadas ou/e de progredir na escala espiritual quando o exercício da faculdade tem caráter missionário específico.


Conhecer a si mesmo

Outro ponto básico diz respeito à similaridade de sintonia energética entre os representantes dos dois planos, terreno e espiritual. A necessidade de o médium conhecer a si mesmo e, dessa forma, orientar a sua auto-educação e sua reforma íntima tem o propósito de facilitar a sua sintonia com espíritos benfeitores, entre os quais o seu Espírito Protetor, que o auxiliarão no exercício da tarefa assumida. Não esquecer que foi este o objetivo do conselho de Emmanuel, na obra O Consolador, quando esclarece que a primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias. O médium que não se importa com este preparo certamente será alvo fácil de espíritos levianos, mistificadores e obsessores, dada a sua insegurança no trabalho ou a sua ignorância quanto a postura ética que deve adotar.


Equilíbrio emocional

O cultivo pelo médium da autoestima e do equilíbrio emocional é outro dos fundamentos para a sua conduta no trabalho de caridade. A mediunidade, sendo uma faculdade do espírito, deve ser utilizada para a melhoria do próprio espírito do médium e, por extensão, daquele a quem assiste, encarnado ou desencarnado. Se o médium tem uma baixa autoestima, ele não possui autoconfiança, é pessimista por natureza e não ama a si próprio. Se está em desequilíbrio emocional, manifesta comportamentos neuróticos e depressivos. Então, como será capaz de ter segurança sobre as manifestações que exterioriza e que são dependentes da sua sensibilidade? Como irá conseguir estimular ou dar amor ao necessitado, encarnado ou desencarnado, que com ele se comunica? Ficam estas questões para serem refletidas e respondidas por todos nós que somos possuidores de mediunidade e que com ela desejamos trabalhar.


Disciplina

A sustentar todas estas considerações necessárias a formação do médium está uma condição sem a qual nada se consegue: a disciplina. Disciplina que alcança o médium no seu processo de reforma íntima, disciplina que tem de estar presente no seu compromisso com a instituição onde se educa e desenvolve, disciplina que é obrigatória no relacionamento que mantém com o plano espiritual, acatando com humildade as orientações que seus representantes emanam a favor unicamente do nosso benéfico aprimoramento. Por fim, disciplina que certamente pode fazer do médium que a cultiva um servidor de Deus e da humanidade.


Por: Serviço de Orientação Mediúnica (SOM) do Lar de Frei Luiz

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